terça-feira, 14 de abril de 2009

Dia 15 de Abril-Dia de Bastet



Amo Minha Gata
“Essa frase está coberta pala poeira de milênios”

O culto à deusa Bast, no Egito dos Faraós, desde 1850 a .C. evidencia esse amor que chegou à divinização.Na mais sábia civilização antiga os animais tinham importância e utilidade muito maior do que em nossos dias.Em escavações arqueológicas, gatos mumificados foram encontrados nos túmulos de seus senhores. Acompanharam seus donos em sua Grande Viagem. Um ato de amor? Será que evoluímos

Uma deusa com rosto de gato:Bast era deusa do norte e seu principal lugar de adoração era o sul.A representação mais comum da deusa é a de uma mulher com cabeça de gata, de leão e também representada como uma gata sentada.Os gatos do deserto eram feroses na época.Os egípcios os domesticavam assim como os cães e os guepardos.

Presença de espíritos de boa vibração e de má vibração.Os sacerdotes criavam, nos templos, soltos e desde pequeninos, cães e gatos, de forma a serem alertados da presença daquelas entidades. Os sacerdotes observaram que os felinos gostam das vibrações negativas dos espíritos ou dos encostos Os cães ficavam eufóricos com as presenças positivas, os gatos adoravam as negativas. Observando seu comportamento, descobriram que os gatos elegem o lugar mais negativo do templo ou da casa como seu predileto. É o chamado “coração maligno”. Essa hipótese pode ser comprovada com o uso de um pêndulo radiestésico.

Faraó, (o nome significa montículo) “deus vivo do Egito” não raramente aparece com um casal de felinos de sua proteção pessoal. São os guepardos do deserto, felinos de porte médio domesticados.Os guepardos acinoyx jubastus medem um metro e meio de comprimento e mais cerca de 60 cm de cauda.Eram criados como animais de guarda e companhia desde pequenos, treinados para obedecer a Faraó.Usados como animais de auxilio na caça. O gepardo é um felino afetuoso e dócil com seus donos, suas garras não são retráteis como as do gato a fêmea tem até cinco filhotes a cada gestação.Os guepardos são os animais mais velozes conhecidos, mas seu faro é fraco.


Ritual e Litanias do Culto a Bast:Hoje não há templos erigidos dedicados a Bast.Não foram encontrados até agora vestígios confiáveis de rituais do seu culto, nada que garanta a autenticidade dos rituais encontrados.Ficava ao norte do Aegiyptos, nome grego para Kemet ou Mitzraim (nome bíblico do Egito), a Cidade Sagrada chamada Kemet. Tel Basta é o nome atual. Mais tarde, Per Bastis foi o último nome antigo da atual Bubastis.Tel Basta, que significa a casa de Bast, cidade fica ao norte do Egito.


UMA GATA OU UMA MULHER com cabeça de gata simbolizava a deusa Bastet e representava os poderes benéficos do Sol. Seu centro de culto era Bubastis, cujo nome em egípcio — Per-Bastet — significa Casa de Bastet. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas espalhadas pelo mundo. Essa divindade também estava associada à Lua e protegia os partos e as mulheres grávidas de doenças e dos maus espíritos. Tornou-se ainda padroeira dos festivais, muito populares até a época romana, nos quais as bebedeiras eram comuns.


O NOME QUE OS EGÍPCIOS DAVAM ao gato era myw, que correspondia ao som que o bicho emite, ou seja, o nosso conhecido miau, palavra onomatopaica que passou para outros idiomas, inclusive o português, indicando o miado daquele animal. O gato, aliás, era um dos bichos mais estimados no Egito. Bastet era uma divindade bastante antiga, já citada nas primeiras dinastias, quando então era identificada com os gatos selvagens que povoavam o país. Foi a partir do Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.) que ela começou a ser associada com o gato doméstico. Seu nome significa "deusa do bas", palavra que identifica um jarro de unguento para cerimônias funerárias. Símbolo do amor materno, da fecundidade e da doçura, protegia os lares e a partir da IV dinastia (c. 2575 a.C.) aparece como mãe do faraó, a quem ajuda. Sendo os soberanos da XII dinastia (1991 a 1783 a.C.) oriundos de Bubastis, tornaram a deusa de sua cidade natal uma divindade de cunho nacional. Dessa época em diante foi considerada filha de e os poderes benéficos do Sol lhe foram incorporados.


DURANTE O TERCEIRO PERÍODO Intermediário (c. 1070 a 712 a.C) começaram a ser construídas necrópoles para abrigar múmias de gatos. Esses animais eram criados no templo de Bubastis com o objetivo de serem sacrificados à deusa e mumificados. Devotos da divindade adquiriam tais múmias que eram envoltas em tecido, colocadas em sarcófagos feitos sob medida e enterradas como oferendas à Bastet em túmulos subterrâneos cobertos com uma abóbada. Quando os reis líbios da XXII dinastia (c. 945 a 712 a.C.) fizeram de Bubastis sua capital, por volta de 944 a.C., o culto da deusa tornou-se particularmente desenvolvido.


A PARTIR DA XXVI DINASTIA (664 a 525 a.C.), agora já no chamado Período Tardio (c. 712 a 332 a.C.), tornou-se comum os adeptos da deusa lhe oferecerem, em seus templos, ex-votos na forma de estatuetas que representavam a divindade sob a forma de gato. Feitas geralmente de bronze, mas também de outros materiais, as esculturas costumavam trazer no pescoço um colar ou o olho Uedjat e brincos de ouro nas orelhas. Ao ser representada na forma humana podia trazer nas mãos um cetro, uma planta de papiro, um sistro, instrumento musical que tocava nas festividades, etc. No braço podia carregar um cesto que, às vezes, aparece cheio de gatos.
DIZIA A LENDA que a deusa-leoa Sekhmet, após ter dizimado parte da humanidade, fora apaziguada e se transformara numa gata mansa. A terrível bebedora de sangue se trasformara em Bastet, bebedora de leite. Em Bubastis, cidade situada na região central do delta nilótico e principal centro de culto dessa deusa, as festas em sua homenagem eram muito concorridas. O historiador Heródoto (aprox. 480-425 a. C.), falando de tais festas no seu tempo, escreveu:
Os egípcios celebram todos os anos grande número de festas. A mais importante e cujo cerimonial é observado com maior zelo é a que se realiza em Bubastis. A vida em Bubastis por ocasião das festividades transforma-se por completo. Tudo é alegria, bulício e confusão. Nos barcos engalanados singrando o rio em todas as direções, homens, mulheres e crianças, munidos, em sua maioria, de instrumentos musicais, predominantemente a flauta, enchem o ar de vibrações sonoras, do ruído de palmas, de cantos, de vozes, de ditos humorísticos e, às vezes, injuriosos, e de exclamações sem conta. Das outras localidades ribeirinhas afluem constantemente novos barcos igualmente enfeitados e igualmente pejados de pessoas de todas as classes e de todos os tipos, ansiosas por tomar parte nos folguedos, homenagear a deusa e imolar em sua honra grande número de vítimas que trazem consigo e previamente escolhidas. Enquanto dura a festa, não cessam as expansões de alegria, as danças e as libações. No curto período das festividades consome-se mais vinho do que em todo o resto do ano, pois para ali se dirigem, segundo afirmam os habitantes, cerca de setecentas mil pessoas de ambos os sexos, sem contar as crianças.

NO EGITO os arqueólogos encontraram cemitérios inteiros de animais sagrados mumificados. Essa prática cresceu de importância no período mais recente da história do Egito antigo, sob o domínio dos Ptolomeus. Por isso, não deve ser considerada típica da vida religiosa do Egito em seu auge.
OS CEMITÉRIOS de animais estavam situados nas proximidades de seus respectivos centros de culto. Assim, os gatos, que representavam essa deusa Bastet da alegria e do amor, eram mumificados e enterrados em Bubastis.
A MUMIFICAÇÃO DE ANIMAIS e pássaros, em verdade, era muito grosseira e o corpo era freqüentemente reduzido a um esqueleto antes de ser envolto em bandagens. Tais bandagens, porém, eram aplicadas com grande habilidade e todos os esforços eram envidados para produzir uma múmia convincente na aparência. Essa múmia de gato, do Período Tardio, por exemplo, está cuidadosamente envolta por numerosas tiras de linho.
EMBORA A MAIOR PARTE dos animais mumificados sejam dos últimos períodos da história egípcia, a prática de venerar certos animais em particular existiu já nos períodos mais antigos. Muito antes do culto aos animais sagrados do Período Tardio, o príncipe Tutmósis, irmão mais velho de Akhenaton (c. 1353 a 1335 a.C.), mandou mumificar e enterrar sua gata preferida com o título de Osíris Tamit justificado. Seguindo o modelo dos sarcófagos do Império Antigo, o caixão de pedra imita uma capela: as paredes laterais são mais elevadas. Os textos inscritos no sarcófago pedem a proteção à deusa Nut e aos quatro filhos de Hórus, enquanto que a gata aparece com um colar diante de uma mesa de oferendas. Nas faces menores, Ísis e Néftis encontram-se ajoelhadas em sinal de amparo.

Um comentário:

  1. Parabens! Há muito tempo que não via algo tão bem escrito, a forma que voce colocou alguns topicos foram muito bem interpretadas.
    Muito bom mesmo, que voce possa sempre receber as bençãos da sabedoria.

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