sexta-feira, 7 de maio de 2010

A Conexão com as Três Faces da Deusa-dia24 se maio Dia da Tríplice Deusa


A tríplice Deusa da tradição celta, donzela, mãe e anciã, é homenageada dia 24 de maio.
Coloque 3 rosas em um vaso com água representando os 3 aspectos da Deusa (uma flor em botão, uma semi-aberta e uma completamente aberta).
Peça então à donzela coragem, a pureza e a busca pelo conhecimento. à mãe amor, poder, proteção e carinho maternal e à anciã, sabedoria, conhecimento e renovação.

Entendendo...
Para a Wicca, existe um Princípio Criador, que não tem nome e está além de todas as definições.

Desse princípio, surgiram as duas grandes polaridades, que deram origem ao Universo e a todas as formas de vida.
Princípio feminino ou grande mãe.
A Grande Mãe representa a Energia Universal Geradora, o Útero de Toda Criação.
É associada aos mistérios da Lua, da Intuição, da Noite, da Escuridão e da Receptividade.
É o inconsciente, o lado escuro da mente que deve ser desvendado.

A Lua nos mostra sempre uma face nova a cada sete dias, mas nunca morre, representando os mistérios da Vida Eterna.
Na Wicca, a Deusa se mostra com três faces: a Virgem, a Mãe e a Velha Sábia, sendo que esta última ficou mais relacionada à Bruxa na Imaginação popular.
A Deusa Tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia feminina, o poder da menstruação na mulher, e é também a contraparte Feminina presente em todos os homens, tão reprimida pela cultura patriarcal!
A Deusa é a Mãe universal.
É fonte da fertilidade, da infinita sabedoria e dos cuidados amorosos.
Ela possui três aspectos: a Donzela, a Mãe e a Anciã, que simbolizam as Luas Crescente, Cheia e Minguante.
Ela é a um só tempo o campo não arado, a plena colheita e a Terra dormente, coberta de neve. Ela dá à luz em abundância.
Mas, uma vez que a vida é um presente seu, ela a empresta com a promessa da morte.
Esta ( a morte) não representa as trevas e o esquecimento, mas sim um repouso pela fadiga da existência física. É uma existência não-humana entre duas encarnações.
Uma vez que a Deusa é a Natureza, toda a natureza, ela é tanto a ninfeta como a velha; o tornado e a chuva fresca de primavera; o berço e o túmulo.
Porém, apesar de Ela ser feita de ambas as naturezas, a Magia Natural a reverencia como a doadora da fertilidade, do amor e da abundância, mesmo sabendo que seu lado obscuro também existe e tem o seu papel e importancia.
Nós A vemos na Lua, no silencioso e fluente oceano e no primeiro verdejar da primavera.
Ela é a incorporação da fertilidade e do amor.
A Deusa é conhecida como a rainha do paraíso, Mãe dos Deuses que criaram os Deuses, a Fonte Divina, A matriz Universal, A Grande Mãe e incontáveis outros títulos.
Muitos símbolos são utilizados para honrá-la, como o caldeirão, a taça, flores de cinco pétalas, o espelho, colares, conchas do mar, pérolas, prata, esmeralda... para citar uns poucos.
Por governar a Terra, o mar e a Lua, muitas e variadas são suas criaturas.
Algumas culturas incluíram o coelho, o urso, a coruja, o gato, o cão, o morcego, o ganso, a vaca, o golfinho, o leão, o cavalo, a corruíra, o escorpião, a aranha e a abelha.
Todos essses animais são sagrados a Deusa!
A Deusa já foi representada como uma caçadora correndo com seus cães de caça (relacionadaa Artemis ou Diana) ;
uma deidade celestial caminhando pelos céus com pó de estrelas saindo de seus pés;
a eterna mãe com o peso da criança;
a tecelã de nossas vidas e mortes;
uma Anciã caminhando sob o luar buscando os fracos e esquecidos, assim como muitos outros seres.
Mas independente de como a vemos, Ela é onipresente, imutável, eterna.
A adoração à Deusa foi a primeira Religião estabelecida pelos seres humanos.
Muitas evidências arqueológicas, que incluíam estátuas, amuletos, cerâmicas, pinturas na cavernas e outras imagens indicando a veneração à Deusa, foram descobertas comprovando a existência de um culto primordial, no qual uma Divindade Criadora feminina era adorada.
Merlin Stone, em When God was a Woman (Quando Deus era uma Mulher), relata:
“Arqueólogos localizaram evidências de adoração à Deusa antes das comunidades do período Neolítico, cerca de 7000 a. C.; algumas das esculturas datam do Paleolítico Superior, cerca de 25000 a. C. Desde as origens Neolíticas, sua existência foi comprovada repetidamente até os tempos romanos.”
A evidência mais convincente de adoração à Deusa vem de numerosas esculturas de mulheres grávidas com seios, quadris, coxas, nádegas e vulvas exagerados.
Essas imagens forma intituladas pelos arqueólogos como estatuetas de Vênus, ou ídolos do culto à Grande Mãe.
Elas são feitas de pedra, osso, barro e foram descobertas perto dos restos de paredes das primeiras habitações humanas.
Estas estátuas foram encontradas na Espanha, França, Alemanha, Áustria, Checoslováquia e Rússia e parecem ter pelo menos 10 mil anos.
Essas esculturas não significam meras decorações das pessoas que as criaram, mas são, sim, objetos profundamente importantes porque representam o meio pelo qual os seres humanos se expressavam antes mesmo de começarem a utilizar a fala.
A arte, através da história, sempre revelou o que as culturas valorizavam e o conhecimento que tentavam passar às gerações futuras.
Claramente o parto, a maternidade e a sexualidade feminina eram considerados sagrados.
Isso nos mostra que essas culturas tiveram pouco ou nenhum conhecimento do papel do homem na reprodução.
Para todos, a mulher concebia o bebê por ela mesma.
Sexo não era associado com o parto, e as mulheres foram consideradas as doadoras exclusivas da vida.
Até hoje, alguma culturas isoladas na Terra acreditam que o homem não tem participação nenhuma na concepção.
Além disso, como o conceito de paternidade ainda não tinha sido entendido, as crianças só pertenciam à mães e à comunidade.
Crianças “ilegítimas” não existiam.
As crianças levavam o nome de suas mães e a família descendia pela linhagem materna.
Esta estrutura social, baseada na afinidade feminina, é chamada de “matrilinear” e ainda existe em algumas partes da África, Índia, Melanésia e Micronésia.
A adoração da Deusa nas culturas antigas incluía o papel principal das mulheres nos trabalhos religiosos e nas celebrações sagradas.
As mulheres eram as grandes Sacerdotisas, Adivinhas, Parteiras, Poetisas e Curandeiras.
Elas presidiam templos erguidos somente a Deusas como Ishtar, Ísis, Brigit, Ártemis e Diana, que estão entre as mais populares.
Do envolvimento das mulheres com a religião vieram muitos avanços, como o conhecimento do poder das ervas, que curavam os doentes e aliviavam a dor do parto, até o primeiro calendário, o calendário lunar, que foi utilizado por muito tempo e que pode ter-se originado no procedimento de mulheres que observavam seus ciclos menstruais e os comparavam com os ciclos da Lua. Além da astronomia, as mulheres desenvolveram também os idiomas, a agricultura, a culinária, a cerâmica e muito mais.
As contribuições das mulheres para as culturas humanas são inúmeras e nunca tiveram o devido crédito e valor.
A Deusa é o princípio Divino Feminino, a Divindade suprema adorada nas práticas Pagãs.
É difícil definir a Deusa em alguns parágrafos, mas a versatilidade é uma de Suas características mais interessantes.
Para alguns Ela é a única Divindade existente.
A Deusa não é necessariamente vista como uma pessoa, mas uma força multifacetada de energia que se expressa em uma variedade de formas e pode ter inúmeros nomes diferentes.
Ela foi chamada Ishtar, Astarte, Inanna, Lilith, Ísis, Maat, Brigit, Cerridwen, Gaia, Deméter, Danu, Arianhod, Ceridwen, Afrodite, Vênus, Ártemis, Athena, Kali, Lakshmi, Kuan-Yi, Pele e Mary, entre muitos outros nomes.
A Ela foram atribuídos muitos símbolos, como serpentes, pássaros, a Lua e a Terra.
A Deusa é a Criadora de todas as coisas e, ao mesmo tempo, a Destruidora.
Tudo vem Dela e tudo retornará a Ela.
A Deusa está contida em tudo e vive na Terra, nos céus, no mar, em cada botão de flor, em cada pingo d’água e em cada grão de areia.
Ela não é um Ser distante e intocável, mas sim uma Divindade que está aqui conosco, vive e se manifesta em cada um de nós.
Ela é a Virgem, a Mãe e a Anciã.
Ela é você, Ela é eu, Ela é tudo e todos.
Nas práticas Pagãs, a Deusa possui três aspectos distintos.
A Triplicidade da Deusa se refere a três estados distintos da mesma divindade.
Cada um desses aspectos tem suas características particulares, distintas das outras, e cada uma delas traz a possibilidade de serem relacionadas com aspectos internos de nossa psiquê:
A Virgem, a Mãe e a Anciã, os seus aspectos reverenciados por toda a humanidade desde tempos imemoráveis.
A Virgem representa os impulsos, o começo, e está relacionada à Lua Crescente.
A Mãe é a Doadora da Vida, a Grande Nutridora, e está associada à Lua Cheia.
A Anciã é a detentora da sabedoria, a Grande Conhecedora e Transformadora, e está associada à Lua Minguante.
A Deusa é abrangente porque pode ser tudo que você quiser que Ela seja.
A maioria do seguidores da Deusa compartilha algumas convicções em comum.
Starhawk, uma das mais atuantes Bruxas modernas e autora de Dança Cósmica das Feiticeiras, afirma que três princípios da religião da Deusa são: a imanência, a interconexão e a comunidade. Imanência é o meio pelo qual todos os seres estão relacionados e a forma como estamos unidos ao Cosmo.
Como comunidade, crescimento e transformação passam por interações íntimas, basicamente, a lei da Deusa é Amor – Amor Incondicional.
Ela não tem nenhuma ordem a ser seguida a não ser o Amor, em todas as suas manifestações e formas.

Celebre a Deusa em todas as suas formas e aspectos divinos.
Possa suas imagens e palavras inspirar
E lembrar você que Ela está sempre presente
E merece seu respeito e cuidado.
Ouça o Seu canto, pois Ela canta em tudo o que há!

Entrar em contanto com as faces da Deusa significa saber o que esse períodos (juventude, maturidade e velhice) podem nos trazer de positivo e o que aprendemos e poderemos aprender com eles.
Conecte as três faces da Deusa através destes simples rituais.

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